Amados irmãos e irmãs da Mílicia da Imaculada, Salve Maria!
Ao celebrar o nascimento, o nome e as dores de nossa Amada Mãe e Senhora, nós, como filhos devotados, recolhendo no cofre íntimo do coração todas as flores de ternura desabrochadas em preces, oferecemos à Virgem Maria os pequenos louvores cotidianos.
O seu nome é como bálsamo suavíssimo nos lábios dos devotos a balbuciar todos os dias como o próprio arcanjo São Gabriel fez ao saudá-la:" Ave, cheia de Graça" (Lc 1, 28)
Desde a Encarnação a Virgem Maria já era a Mãe comum de todos os homens. Essa verdade, esperada pela humanidade desde a queda de nossos primeiros pais, Nosso Senhor, nos últimos momentos de seu olhar, no último bater do seu coração amoroso, quis proclamar, quis como atestado supremo de sua caridade e de seu amor para conosco. Na pessoa de São João Evangelista, aos pés da Cruz, foi promulgada para cada de nós a maternidade espiritual da Bem- Aventurada Virgem Maria como Rainha e Mãe da humanidade. Que belo e sublime mistério contemplamos no momento de tanta dor aos pés da Cruz: primeiro, a Virgem Mãe aceitar adotar-nos oficialmente, publicamente, por filhos e depois, o amor vigilante de Nosso Senhor Jesus Cristo que, no derradeiro hálito de vida, ainda lembrou-se de nós, dando-nos a própria Mãe amada como último legado da sua inesgotável misericórdia.
Senhora amada, nascestes para ser a Mãe de Deus e na pessoa de São João Evangelista acolhestes, em vossa misericórdia materna, todos os degradados filhos de Eva, e a terra debaixo do estrelado firmamento dos vossos carinhos tornou-se também prenúncio feliz da pátria celeste, um vestíbulo distante, mas verdadeiro desse palácio de glória que é a mansão beatíssima dos eleitos. Virgem Santíssima, o vosso padecer aos pés da Cruz é um manancial fecundo de lições para vossos filhos. Não há dor que se compare à vossa; o profeta chega até a dizer que toda a amargura dos mares é uma sombra pálida do vosso martírio incruento. O corpo de Jesus, reclinado em vosso regaço de Mãe, é o quadro vivo que conforta todos os nossos pequeninos calvários. A vossa confiança em Deus é um alento para nossa alma, para nosso coração em todos os momentos de sofrimento.
O nosso amado patrono, grande devoto da Imaculada, nos recorda:
"Confiemos, pois, confiemos ilimitadamente em Deus pela Imaculada, procurando, segundo as possiblidades das nossas forças, atender as defesas; mas com serenidade, pondo a nossa confiança na Imaculada e antepondo sempre a nossa vontade à vontade de Deus. E então as cruzes se transformarão para nós, como é justo que sejam em degraus rumo à ressureição no paraíso"(Escritos de São Maximiliano,1264)
Da Sede Nacional da Mílicia da Imaculada, recebam uma benção especial pela interceção da Virgem Mãe Imaculada. Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Frei Flávio Freitas de Amorim,OFM Conv.Diretor Nacional da Associação Mílicia da Imaculada.
(Artigo também foi publicado na Revista Cavaleiro da Imaculada, setembro/2009)
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